- Na atividade da semana passada nós vimos através de textos e atividades sobre a formação do império romano, ou seja, a passagem da república romana (época em que Roma era governada pelas magistraturas) para o império (época em que Roma era governada pelos imperadores romanos), nessa atividade de hoje abordaremos a noção de império e também sobre o fim do impérios romano.
Responda segundo os seu conhecimento do assunto:
1 – O que você acha que é um império?
2 – O que você acha que é um reino?
3 – Pesquise agora o significado de Império e Reino em um dicionário.
4 – Qual a diferença entre os significados?
TEXTO 1 – O QUE É UM IMPÉRIO?
Império é uma palavra que indica um Estado que é governado por um imperador ou imperatriz. Também pode indicar um território vasto, composto por várias nações, povos que professam diferentes religiões, falam idiomas distintos, mas que vivem sob o mesmo imperador.
A palavra império foi criada pelo político e teórico russo Vladimir Ilyich Ulyanov, conhecido por Lenin. O autor criou o termo em forma de crítica e explicação da expansão do capitalismo no contexto da Primeira Guerra Mundial, quando os Impérios Britânico e Alemão entraram em entraves violentos.
ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
1 – Após a leitura do texto e das atividades passadas você diria que Roma se encaixa na definição de império? Justifique a sua resposta.
2 – A definição de império colocada no texto é a mesma que a sua conforme foi colocada na Sondagem inicial? Justifique.
3 – Cite exemplos de outros grandes impérios da história da humanidade que você tenha conhecimento?
TEXTO 2 – A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO
A crise do Império Romano iniciou-se a partir do século II-III d.C. Vejamos alguns motivos que levaram ao declínio e ao fim do Império Romano.
O surgimento do cristianismo
A região da Palestina, onde viviam diversos povos, dentre eles os judeus, passou a fazer parte dos domínios romanos em 63 a.C. e influenciou diretamente a emergência de uma nova religião. O Cristianismo foi uma religião que nasceu no Império Romano, a partir da tradição judaica que acreditava na chegada de um messias à Terra, que seria responsável por pacificar a humanidade, salvando todos aqueles considerados pecadores. Essa crença foi a responsável pela formulação de uma nova religião, que, embora tenha sido perseguida e oprimida, garantiu aos poucos, e com o passar do tempo, a adesão de muitos fiéis e se espalhou por todo e Império Romano e, posteriormente, por todo o Ocidente.
Jesus Cristo, o messias do cristianismo, nasceu há aproximadamente dois mil anos, na província da Judéia (atual Palestina), em uma cidadã chamada Belém. Para conhecer Jesus Cristo é preciso compreender a Bíblia Sagrada e seu Novo Testamento como fontes históricas capazes de revelar indícios da cultura cristã.
É por meio dos Evangelhos do Novo Testamento que conhecemos Jesus Cristo, que é narrado como um homem sábio, responsável por espalhar ensinamentos por toda a região da Judéia, em aramaico, por volta do ano 30 d.C. A novidade era a crença em um único deus, pois à época o Império Romano era politeísta. Com palavras pacificadoras, Jesus Cristo carregava consigo mensagens de empatia, amor ao próximo e humildade. Passou a se autodeclarar o messias esperado, aquele que teria sido enviado por Deus. Essa postura gerou controvérsias, tanto por parte dos judeus, como por parte das autoridades romanas, que temiam seu domínio sobre o povo.
Esse desagrado com a figura de Jesus Cristo, acusado de se autopromover como deus dos judeus, levou-o à prisão. Seu julgamento foi conduzido por Pôncio Pilatos, um membro da administração romana na região da Judéia. Sua pena foi a crucificação, sugerida àqueles considerados criminosos nocivos à sociedade romana. No entanto nem a sua morte conseguiu conter a expansão do pensamento cristão, pois seus ensinamentos continuaram a ser difundidos por seus seguidores, os apóstolos. Eles foram os responsáveis por espalhar o cristianismo por toda a região do Mar Mediterrâneo.
Muitos habitantes do Império simpatizavam com as ideias da nova religião, pois além de pregar a igualdade entre os homens, versava sobre a humildade e o amor ao próximo. As ideias difundidas pelos cristãos eram contrárias aos ideias de Roma e contrários a religião romana que era politeísta (muito parecida com a mitologia grega); as ideias de Jesus eram revolucionárias para a época e por isso marcaram profundamente o império, por isso os cristãos durante décadas foram perseguidos pelos imperadores romanos sendo presos e executados na cruz e em arenas de gladiadores
As perseguições também não foram suficientes para acabar com o cristianismo. Pelo contrário. Elas fortaleciam o povo cristão, que se expandia por todo o Império Romano, primeiramente entre as populações mais pobres, como os escravos, chegando aos mais abastados da população e contribuíram para abalar a imagem dos imperadores que os perseguiam.
Foi a chegada de Constantino ao poder que mudou a relação do Império com o Cristianismo. Constantino converteu-se cristão em 313 e permitiu que os cultos cristãos ocorressem sem ameaça de violência ou perseguição. Assim, na figura de Constantino o Cristianismo ganhou novos adeptos, em todos os grupos sociais e se expandiu com mais facilidade, acabando por se tornar indispensável para um bom governo do Império Romano, representando uma força para a união imperial. Em pouco tempo os cultos pagãos passaram a ser proibidos e o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano em 380 d.C.
Disputas internas
O regime de governo de Roma mudou de República para Império com Júlio César, no séc. I a.C. No entanto, apesar de ter se proclamado imperador, César manteve algumas instituições da República como o Senado. Nem todos os imperadores, porém, respeitaram o poder dos senadores. Isso acabou por gerar mais atritos entre a classe política e os militares.
À medida que o Império se expandia, ficava cada vez difícil controlar os generais e os governadores das províncias. Não devemos esquecer que o Império Romano chegou a ter 10.000 km de extensão, com territórios no norte da África, Oriente Médio e Europa central. Assim, com um ótimo exército nas mãos, alguns generais se rebelaram contra o poder central, mergulhando o Império em guerras civis.
Divisão entre Ocidente e Oriente
Uma das medidas tomadas para melhorar a administração imperial foi dividir o Império Romano em duas partes, por volta do ano 300 d.C. A parte Ocidental teria como capital Roma; enquanto a Oriental, a sede seria em Bizâncio. Durante o reinado do Imperador Constantino, a cidade de Bizâncio passaria a se denominar Constantinopla e mais tarde, com o domínio muçulmano, foi chamada de Istambul.
A divisão se revelou um fracasso, pois acentuou as diferenças culturais e políticas já existentes entre as duas regiões e dividiu as forças do império romano. O Império Romano do Ocidente mergulha na decadência, sem conseguir conter as invasões bárbaras e as brigas internas. A Queda de Roma, saqueada pelos povos "bárbaros", em 410, revela o quanto os romanos já não controlavam seus domínios.
Invasões bárbaras
Os “bárbaros” eram aqueles povos, fora do território imperial, que os romanos não conseguiram derrotar e ocupar as terras, a palavra “bárbaro era usada para determinar os povos “não romanos” (a origem do termo é grega). Alguns deles, contudo, participavam das batalhas junto ao exército romano, e outros chegaram a integrar o próprio exército imperial. Devido às disputas internas e a crise econômica, o exército romano perdeu muito da sua eficiência, principalmente após a divisão do impérios. Assim, os bárbaros conseguiram derrotá-lo e expandir seu território pouco a pouco.
Os chefes bárbaros, entretanto, faziam questão de conservar várias instituições romanas e muitos se convertiam ao cristianismo, a fim de poder serem aceitos pelos antigos romanos. É interessante notar que os bárbaros acreditavam que eram os herdeiros do Império Romano e não seus destruidores. As invasões bárbaras foram fundamentais para o fim do império romano mas não foram o único motivo para a sua queda. O ano de 476 d.C. marca o fim do império romano.
ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
1 – Cite as causas principais para o fim do império romano?
2 – De que forma o cristianismo contribuiu para o fim do império romano? Quais as ideias do cristianismo conflitavam com a religião romana?
3 – Como a divisão de Roma contribuiu para o fracasso do império romano?
5 – O que são os bárbaros? Quais os motivos das invasões bárbaras?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E SITES
www.infoescola.com.br
www.brasilescola.uol.com.br
www.históriadomundo.com.br
Projeto Araribá: História/organizadora Editora Moderna; Maria Raquel Apolinário. – 3. Ed. – São Paulo: Moderna, 2010
Cotrim, Gilberto. Historiar, 6º,7º e 8º ano: ensino fundamental, anos finais/Gilberto Cotrim, Jaime Rodrigues. 3º ed. São Paulo: Saraiva, 2008