28 Jul

Introdução


A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.


Origem de Roma: explicação mitológica

Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.

Origens de Roma : explicação histórica

De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: italiotas (sabinos e latinos..), etruscos e gregos . Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. Costuma-se dividir a história da política de Roma em três períodos: a monarquia, a república e o império.


Monarquia Romana


Monarquia Romana, foi um período da história da Roma antiga dominado pelos reis sabinos e etruscos (esses povos junto com os latinos e os gregos formaram o povo romano), entre 753 a.C. a 509 a.C. O controle da cidade-estado de Roma era efetivado por três poderes: o Rei, o senado e o povo. Aos reis cabiam as funções militares, judiciais e religiosas. Ao senado (do latim senex “anciãos”) era o conselho consultivo do rei que tomava decisões na sua ausência, e elegia um novo rei que tinha a aprovação do povo. O povo era divido em 30 cúrias (co urias do latim “ associação de homens”).

Na Roma monárquica, a sociedade era formada basicamente por três classes sociais:

  • Os patrícios, a classe dominante, formada por nobres e proprietários de terra;
  • Os plebeus, que eram constituídos por comerciantes, artesãos, camponeses e pequenos proprietários;
  • Os clientes, que viviam da dependência dos patrícios e os plebeus, e eram prestadores de serviços.


República Romana


Origem


A República Romana tem sua origem no ano de 509 a.C, quando o último rei etrusco é deposto e o Senado assume as funções de governo. Após a experiência monárquica, os romanos optam por não deixar o poder nas mãos de um só indivíduo. Por isso, eliminaram a figura do rei e todos os cargos deveriam ser exercidos por duas ou mais pessoas. Assim, não havia a figura de um só governante, mas dois, chamados cônsules. Estes tinham um mandato de um ano e deviam controlar-se mutuamente.

Instituições da República Romana

  • Senado – ocupava-se da política internacional e da supervisão das magistraturas e era convocado pelos cônsules, pretores ou pelo tribuno da plebe. Chegou a ter 300 membros e cargo era vitalício. Os senadores eram patrícios que haviam desempenhado alguma magistratura ou tinham feito algo relevante para a República.


Magistratura – para ser magistrado era preciso ser cidadão romano e dispor de uma renda de acordo com o cargo desempenhado. Os magistrados tinham lugares privilegiados em cerimônias públicas e espetáculos, bem como o uso de cores diferenciadas de acordo com seu cargo. As magistraturas sempre eram duplas ou colegiadas e seu mandato durava um ano. Abaixo listamos as magistraturas romanas:

  • Cônsul – exercia o comando militar. No caso de guerra ou do impedimento de um dos cônsules eram substituídos por um ditador. Este tinha um ano de mandato e poder absoluto sobre os cidadãos romanos.
  • Pretor – tinha a função de administrar a Justiça.
  • Edil - responsável por fiscalizar o comércio e conduzir a cidade.
  • Censor – se encarregava de contar a população, fiscalizar os candidatos a edil e vigiar a conduta moral do povo romano.
  • Questor – cobrava impostos e custodiava o patrimônio romano.


Expansão militar


Uma vez que o conflito interno entre patrícios e plebeus foi se tranquilizando, os romanos passaram a conquistar outras regiões da Península Itálica até dominá-la totalmente. Em seguida, invadiram a Grécia, de onde trouxeram os deuses, a filosofia e vários costumes. Partiram, então, para a guerra no outro lado do Mediterrâneo contra cidade de Cartago, num conflito que durou cerca de 120 anos e acabou com a vitória romana.


Fim da República Romana


Com a expansão territorial romana, a República ficou mais difícil de governar devido à inclusão de novos povos e do tamanho. Igualmente, a fragmentação do poder não ajudava na tomada de decisões rápidas e a prática da corrupção se havia generalizado entre os magistrados.

Assim, os romanos buscam novas fórmulas que permitem a centralização do poder, mas sempre auxiliado (e vigiado) pelo Senado. Primeiro, através do Triunvirato e depois através da figura de um só Imperador. Começaria, então, a época do Império Romano.


Império Romana


O imperador Otávio Augusto (27 a.C. a 14) reorganizou a sociedade romana. Ampliou a distribuição de pão e trigo e de divertimentos públicos - a política do pão e circo.Depois de Augusto, várias dinastias se sucederam. Entre os principais imperadores estão: Tibério (14 a 37); Calígula (37 a 41); Nero (54 a 68); Tito (79 a 81); Trajano (98 a 117); Adriano (117-138); Marco Aurélio (161 a 180).

A partir de 235, o Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados, cujo principal objetivo era combater as invasões. Do ponto de vista político, o século III caracterizou-se pela volta da anarquia militar. Num período de apenas meio século (235 a 284) Roma teve 26 imperadores, dos quais 24 foram assassinados.Com a morte do imperador Teodósio, em 395, o Império Romano foi dividido entre seus filhos Honório e Arcádio.

Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, capital Roma, e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, capital Constantinopla. Em 476, o Império Romano do Ocidente desintegrou-se e o imperador Rômulo Augusto foi deposto. O ano de 476 é considerado pelos historiadores o marco divisório da Antiguidade para a Idade Média.


ATIVIDADES

 

1 -  Pesquise o que era a política do pão e circo?


2 - Escreva em ordem cronológica os três grandes períodos da história romana:


3 - Relacione abaixo as camadas sociais com suas respectivas funções.


( A ) Patrícios ( B ) Plebeus ( C ) Clientes ( D ) Escravos


(  ) Eram utilizados em serviços domésticos, trabalhos agrícolas, ou capatazes,  professores, etc. Eram considerados como objetos.

(     ) Homens livres que prestavam serviço aos cidadãos romanos em troca de ajuda econômica e proteção social.

(       ) Classe constituída pelos grandes proprietários de terra e de gado.

(     ) Eram os comerciante, os artesãos e os camponeses. Lutando por seus interesses, conseguiram uma série de direitos e privilégios.

4 - Foram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Tiram direitos políticos e também desempenhavam altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos romanos:

a) Os plebeus

b) Os patrícios

c) Os clientes

d) Os clãs

e) Os trabalhadores rurais


5 - O idioma principal dos antigos romanos era:

a) O italiano

b) O latim

c) O hebraico

d) O aramaico

e) O greco-romano


6 - Qual instituição tinha mais poder na República Romana?


7 – Explique a origem mitológica de Roma.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E SITES


www.infoescola.com.br

www.brasilescola.uol.com.br

www.históriadomundo.com.br

Projeto Araribá: História/organizadora Editora Moderna; Maria Raquel Apolinário. – 3. Ed. – São Paulo: Moderna, 2010

Cotrim, Gilberto. Historiar, 6º,7º e 8º ano: ensino fundamental, anos finais/Gilberto Cotrim, Jaime Rodrigues. 3º ed. São Paulo: Saraiva, 2008

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