30 Sep
  • Retomada:


- Como vimos em aulas passadas o império romano se dividiu em duas partes dando origem ao império romano oriental. A sede desse novo império era nas ruínas da cidade antiga de Bizâncio o que deu o nome a esse novo império: O Império Bizantino. O imperador romano Constantino I (272-337) reformou estas ruínas e a chamou de Constantinopla (cidade de Constantino); após a invasão dos povos bárbaros o império romano do Oriente veio a ruir em 476 d.C, porém a parte oriental de Roma permaneceu inalterada e não foi abatida pela violência dos povos bárbaros por causa de acordos e tratativas entre os líderes bárbaros e os imperadores bizantinos. Dessa forma, quando Roma desapareceu após as suas invasões um novo e próspero reino surge: O Império Bizantino. Sua queda em 1453 assinala o final da idade média segundo a historiografia (estudo da história). Nesta atividade vamos aprofundar nosso conhecimento sobre o Império Bizantino.



TEXTO I – O IMPÉRIO BIZANTINO



Sua capital era Constantinopla (a atual Istambul) que foi convertida na capital do Império Romano do Oriente no ano 330, depois que Constantino I, o Grande, fundou-a no lugar da antiga cidade de Bizâncio, dando-lhe seu próprio nome. Foi a capital das províncias romanas orientais, ou seja, daquelas áreas do Império localizadas no sudeste de Europa, sudoeste da Ásia e na parte nordeste de África, que também incluíam os países atuais da península Balcânica, Turquia ocidental, Síria, Jordânia, Israel, Líbano, Chipre, Egito e a região mais oriental da Líbia. Seus imperadores consideraram os limites geográficos do Império Romano como os seus próprios e buscaram em Roma suas tradições, seus símbolos e suas instituições.


MAPA1 - O mapa mostra a divisão do império romano, o Império Romano do Ocidente se torna o Império Bizantino logo após a queda de Roma em 746 d.C.


A capital do império: Constantinopla


Ao analisa o mapa acima de forma atente você será capaz de ver a cidade de Bizâncio, capital do império bizantino que depois de 330 se tornou Constantinopla; esta cidade é uma das mais importantes cidades da idade média por causa de sua localização, a cidade fica em uma das pontas o estreito de bósforo, este estreito liga dois importantes mares, o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro, mais que isso o estrito liga a Europa a Ásia, isso significa que a cidade de Constantinopla era um grande ponto de passagem para vários povos e também um porto para mercadorias do mundo todo, justamente por isso era a cidade mais importante de toda a idade média e durante muitos séculos era vista como o centro do mundo, pois tudo passava por lá.

Por causa do grande fluxo de pessoas que passavam por lá a cidade de Constantinopla recebeu a influência cultural de vários povos, como os povos árabes, os povos asiáticos e claro dos romanos e gregos.

Sua localização favorecia a entrada de vários produtos de várias partes do mundo o que a fez um grande e poderoso centro comercial, contendo feiras e produtos variados que faziam a cidade muito rica e prospera. Tal prosperidade atraia também a cobiça de vários reinos vizinhos que queriam tomar a cidade para si, isso fez os governantes do império bizantino construir uma vasta rede de muros e torres de proteção que cercavam toda a cidade tornando-a mais difícil de ser tomada e invadida por povos inimigos e uma cidade quase inviolável. Muitas foram as tentativas de invasão da cidade de Constantinopla, porém ela só foi conquistada em 1453 através de um cerco feito pelos turco-otomanos. Nos anos em que resistiu ser conquistada a cidade foi um importante centro cultural e comercial da idade média.


Cidade de Constantinopla


Cidade de Constantinopla


Muros de Constantinopla


TEXTO II – O GOVERNO DE CONSTANTINOPLA


Imperador bizantino (483-14/11/565). Flávio Pedro Sabácio Justiniano nasce em Tauresium, na atual Macedônia, em uma família pobre. É adotado pelo tio Justino, ex-guarda analfabeto que viria reinar o Império Bizantino. Vai ainda jovem para Constantinopla, base do comando militar em que servia seu tio, e recebe educação aprimorada.


Império de Justiniano


Quando Justino I se torna imperador, em 518, seu sobrinho já exerce grande influência sobre ele. Justiniano estuda direito, retórica e teologia e, em 518, começa a participar da vida política como patrício e cônsul. Recebe o título de César em 525 e, em 527, é proclamado imperador. No mesmo ano, casa-se com a atriz Teodora, filha de um tratador de ursos.

Inteligente e politicamente hábil, a mulher tem papel importante em seu governo e aconselha o imperador até nas questões militares. Teodora usa sua influência para promover o reconhecimento de alguns direitos femininos: faz aprovar leis que proíbem o tráfico de garotas jovens e altera as leis de divórcio, trazendo benefícios para a mulher.

 Ambicioso e autoritário, Justiniano é chamado pelos súditos de "o imperador que nunca dorme". Entre 527 e 540 lança-se no projeto de restauração e unificação do Império Romano. Para recuperar a grandeza do antigo império, estimula a indústria, o comércio e as artes.



No poder, Justiniano procurou organizar as leis do Império. Encarregou uma comissão de juristas de elaborar o Digesto, uma espécie de manual de Direito destinado aos estudantes, que foi publicado em 533. Nesse mesmo ano foram publicadas as Institutas, com os princípios fundamentais do Direito Romano e no ano seguinte concluiu o Código de Justiniano. As três obras de Justiniano – que, na verdade, eram uma compilação das leis romanas desde a República até o Império Romano, foram depois reunidas numa única obra o Codex Justinianus, depois chamado de Corpus Juris Civilis (Corpo de Direito Civil).


Revolta de Nika


A Revolta de Nika aconteceu no ano de 532 d.C. Apesar de Justiniano ter sido um dos imperadores que mais conseguiram tornar o Império Bizantino poderoso e sofisticado, com conquistas de território e embelezamento de Constantinopla, sua forma de administração austera não lhe garantiu popularidade. As insatisfações sociais das camadas populares do império refletiam-se nas corridas de cavalos do Hipódromo. Duas facções principais disputavam a atenção do imperador: a verde e a azul. Essas disputas chegavam ao ponto de seus membros assassinarem uns aos outros.

Justiniano, para barrar o excesso de violências entre as facções, decidiu punir os líderes de ambas, condenando-os à morte. Esse gesto gerou a revolta geral. Em certa ocasião em que o imperador estava no hipódromo e preparava-se para assistir a mais uma disputa, os membros das duas facções uniram-se e realizaram um motim que se transformou em um levante social e político. Diz-se que, enquanto conseguiam bloquear as atividades do imperador, a massa gritava “Nika! Nika!”, que significa, em grego, “Vitória”.

Os revoltosos tentaram empossar o senador Hipácio, um dos inimigos políticos de Justiniano, como imperador. Enquanto isso, Justiniano, orientado por sua esposa, Thedora, procurou um meio de, a um só tempo, ganhar tempo com as hordas violentas e preparar um contragolpe para o motim. O imperador procurou incitar nas facções o ódio recíproco que lhes era característico. Ao mesmo tempo, seus principais generais, Belisário e Mundus, organizaram as tropas imperiais para invadir o Hipódromo e sufocar a revolta. Especula-se que mais de 30 mil pessoas foram assassinadas pelas tropas do imperador. Entre os mortos, estavam políticos, comerciantes e outras pessoas de destaque na cidade. Hipácio, que tentara usurpar o trono, foi um dos assassinados.


Queda do Império Bizantino


A estabilidade do Império Bizantino esteve por algum tempo ameaçada por dificuldade financeira. No auge do governo Justiniano, no século VI, seguiu-se um longo período de decadência. Com a morte de Justiniano em 565, as dificuldades cresceram. Árabes e búlgaros intensificaram as tentativas de entrar no Império.

Durante a Baixa Idade Média (séculos X a XV), além das pressões dos povos e impérios nas suas fronteiras orientais e perdas de territórios, o Império Bizantino foi alvo da retomada expansionista ocidental, a exemplo das Cruzadas. Com a expansão dos turcos-otomanos no século XIV, tomando os Bálcãs e a Ásia Menor, o império acabou reduzido à cidade de Constantinopla.

O predomínio econômico das cidades italianas ampliou o enfraquecimento Bizantino, que chegou ao fim em 1453, quando o sultão Maomé II destruiu as muralhas de Constantinopla com poderosos canhões. Os turcos transformaram-na em sua capital, passando a chamá-la de Istambul, como é conhecida hoje.


Fontes: https://www.sohistoria.com.br/biografias/justiniano/

https://www.todamateria.com.br/imperio-bizantino/

https://www.historiadomundo.com.br/romana/imperio-bizantino.htm




1 - Sobre o Império Bizantino, marque a alternativa correta:


a) O grande imperador de Bizâncio foi Carlos Magno, de origem humilde, mas protegido por seu tio, o imperador Justino.

b) Sua localização geográfica era péssima, descampada por todos os lados, facilitando as invasões.

c) No Código de Justianiano, Teodósio organizou uma compilação das leis romanas desde a República até o Império.

d) Constantinopla, a "Nova Roma" de Constantino, foi fundada para servir como capital do Império.

e) Com o objetivo de reconstruir o Antigo Império Romano, Caio Graco empreendeu campanhas militares conhecidas pelo nome genérico de "Reconquista".

2 - No período de 532 ocorreu em Constantinopla uma revolta, consequência da insatisfação popular contra as pesadas cargas de tributos e o grande gasto empreendido nas campanhas militares, essa revolta ficou conhecida como:


a) Revolta Bizantina.

b) Revolta de Constantinopla.

c) Fim ao tributo.

d) Revolta tributária.

e) Revolta de Nika.


3 – Sobre a cidade de Constantinopla responda:


a) Quais eram os aspectos positivos da cidade?

b) Por que a cidade era cercada por muralhas?

c) Qual a sua importância para a cultura da idade média?


4 - Código de Justiniano é o nome dado:


a) ao conjunto de estratégias militares utilizadas pelo imperador.

b) à obra que reuniu e atualizou as principais leis romanas.

c) à nova Bíblia criada pelo imperador.

d) a um conjunto de escritos de autoria de Justiniano.

e) à coleção de decretos do próprio imperador.

Comentários
* O e-mail não será publicado no site.
ESTE SITE FOI CRIADO USANDO