06 Aug

TEMA: Esparta, Atenas e a Política


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- Você já ouviu falar sobre Atenas e Esparta?

- O que você sabe sobre essas importantes cidades gregas?

- Você sabe o que é política?


Texto - Esparta


Algumas expressões que conhecemos até hoje vem da sociedade espartana, por exemplo: usa-se o espartano para caracterizar uma pessoa rígida e disciplinada. Lacônico é uma forma de descrever alguém que fala pouco. A sociedade espartana foi desenvolvida com base na disciplina militar e na rigidez, por isso estas expressões estão até hoje presentes no nosso cotidiano. Esparta foi uma cidade localizada na região da Lacônia, no sudeste do Peloponeso.



A região era bastante fértil e possibilitava o cultivo de cereais que sustentavam a população. Além disso, havia muitas terras boas para pastagem e domesticação de animais. Entretanto, sua geografia não permitia grandes navegações e por isso Esparta não se destacou no comércio, ao contrário de Atenas que tinham solo pouco fértil mas destacou-se pelas relações comerciais a partir do Porto de Pireus.

            Sobre sua educação, esta começava aos 7 anos de idade para os homens e aos 12 para as mulheres. Basicamente, seu treinamento se resumia na preparação física e psicológica, de cunho militarista, para transformar os homens em poderosos e obedientes guerreiros. Por sua vez, as mulheres também eram treinadas para o combate, e sua educação as preparavam para conduzir todos os assuntos domésticos na ausência dos maridos. Além disso, elas eram bem vindas nas assembleias e nas competições desportivas.

Os únicos a terem direitos políticos na sociedade espartana eram os descendentes diretos dos dórios. Eles eram servidos pelos periecos, descendentes dos aqueus conquistados que praticavam o comércio e artesanato. Por fim, a base da sociedade era composta pelos hilotas, escravos capturados durante as guerras.

Politicamente, Esparta dividia o poder entre dois reis (Diarquia), um militar e outro religioso, que governavam respeitando as decisões da Gerúsia, (conselho composto por 28 anciãos com mais de 60 anos); e a Apela (conselho formado por espartanos acima de 30 anos).


Texto 2 – Atenas


A cidade de Atenas foi estabelecida pelos Jônios por volta de 1600 a.C, na região da península Ática. Outros povos creto-micênicos, como aqueus, jônios e eólios também compuseram o seu povo.



Como não possuíam terras férteis para agricultura, os atenienses se dedicaram à pesca e ao comércio marítimo. Aproveitaram de sua posição geográfica estratégica para desenvolver o comércio de trigo, uva e azeitona e cerâmica com as colônias gregas no Mar Mediterrâneo e na Ásia menor.

Mais equilibrados, os atenienses conciliavam o desenvolvimento físico e mental durante a educação de seus cidadãos, a qual era um privilégio das famílias mais abastadas. Eles valorizavam grandemente a arte e a literatura, o que transformou Atenas no centro cultural da Grécia e berço da Filosofia Ocidental e da Democracia. Contudo, as mulheres não desfrutavam muito dessa educação, uma vez que eram criadas para serem dóceis e submissas, prendadas apenas para as atividades domésticas cotidianas.

Atenas conheceu um sistema monárquico de governo até os séculos VIII-VII a.C., quando instaurou-se a Democracia. Seu governo era essencialmente uma Oligarquia (Governo de poucos), na qual as famílias eram mais importantes conforme sua proximidade na linha de parentesco com os fundadores da cidade. Assim, os grandes proprietários de terra (eupátridas) ficavam com as melhores propriedades, enquanto aqueles mais distantes na linha de parentesco (georgóis) ficavam com propriedades menores. Por sua vez, os artesões especializados (demiurgos) não possuíam terras e status e osThetas eram a base da sociedade, podendo, muitas vezes, serem sujeitados à escravidão.

O governo em Atenas emanava da Eclésia, uma assembleia popular, onde participavam apenas os cidadãos do sexo masculino, com mais de dezoito anos, com ao menos dois anos de serviço militar e filhos de um pai nascido na polis.


Texto 3 – Democracia ateniense


Anterior a implementação da Democracia em Atenas, a cidade-estado era controlada por uma elite aristocrática oligárquica denominada de “eupátridas” ou “bem nascidos”, os quais detinham o poder político e econômico na polis grega.

Entretanto, com o surgimento de outras classes sociais (comerciantes, pequenos proprietários de terra, artesãos, camponeses, etc.), as quais pretendiam participar da vida política, a aristocracia resolve rever a organização política das cidades-estados, o que mais tarde resultou na implementação da “Democracia”.


De tal maneira, por volta de 510 a.C. a democracia surge em Atenas através da vitória do político aristocrata grego Clístenes. Considerado o "Pai da Democracia", ele liderou uma revolta popular contra o último tirano grego, Hípias, que governou entre 527 a.C. e 510 a.C.. Após esse evento, Atenas foi dividida em dez unidades denominadas chamadas “demos”, que era o elemento principal dessa reforma e, por esse motivo, o novo regime passou a se chamar “demokratia”. Atenas possuía uma democracia direta, onde todos os cidadãos atenienses participavam diretamente das questões políticas da polis. De tal modo, Clístenes, baseada nas legislações anteriormente apresentadas por Dracon e Solon, iniciou reformas de ordem política e social que resultariam na consolidação da democracia em Atenas.

Como forma de garantir o processo democrático na cidade, Clístenes adotou o “ostracismo”, onde os cidadãos que demostrassem ameaças ao regime democrático sofreriam um exílio de 10 anos. Isso impediu a proliferação de tiranos no governo grego.

Sendo assim, o poder não estava somente concentrado na mão dos eupátridas. Com isso, os demais cidadãos livres maiores de 18 anos e nascidos em Atenas poderiam participar das Assembleias (Eclésia ou Assembleia do Povo), embora as mulheres, estrangeiros (metecos) e escravos estavam excluídos.

Diante disso, podemos intuir que a democracia ateniense não era para todos os cidadãos sendo, portanto, limitada, excludente e elitista. Estima-se que somente 10% da população desfrutavam dos direitos democráticos. Além de Clístenes, Péricles deu continuidade à política democrática. Ele foi um importante democrata ateniense que permitiu ampliar o leque de possibilidades para os cidadãos menos favorecidos.

Por volta de 404 a.C., a democracia ateniense sofreu grande declínio, quando Atenas foi derrotada por Esparta na Guerra do Peloponeso, evento que durou cerca de 30 anos.


Atividade de interpretação de texto


1 – Pesquise o significado dos regimes políticos a seguir:


  • Democracia
  • Aristocracia
  • Oligarquia
  • Diarquia
  • Monarquia


2 – Cite as diferenças principais entre as cidades-estado de Atenas e de Esparta


3 – Em Esparta qual a diferença entre a educação para as mulheres e para os homens?


4 – Pesquise o significado do termo cidadania, após isso defina segundo a leitura do texto quem era considerado cidadão em Atenas


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E SITES


www.infoescola.com.br

www.brasilescola.uol.com.br

www.históriadomundo.com.br

Projeto Araribá: História/organizadora Editora Moderna; Maria Raquel Apolinário. – 3. Ed. – São Paulo: Moderna, 2010

Cotrim, Gilberto. Historiar, 6º,7º e 8º ano: ensino fundamental, anos finais/Gilberto Cotrim, Jaime Rodrigues. 3º ed. São Paulo: Saraiva, 2008


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