ATIVIDADE DE HISTÓRIA EAD – PROFº PATRYK – 7º ANO A – REVISÃO: A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano
ATIVIDADE DE HISTÓRIA EAD – PROFº PATRYK – 7º ANO A – REVISÃO: A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano
15 Sep
INSTRUÇÕES
- Essa é uma atividade de revisão, logo para responder as questões será necessário rever os textos e atividades passados, os textos e atividades passados estão no blog da escola e no classroom de história
- também nessa atividade de revisão estão contidas pesquisas na qual poderá ser utilizado a internet ou outras formas de pesquisa que estão ao seu alcance.
ATIVIDADES DE REVISÃO
1 – Observe e analise a imagem abaixo:
Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro no ano de 1500. Óleo sobre tela de Oscar Pereira da Silva (1922)
A partir da análise das imagens responda:
A) A partir da análise de imagem, descreva a paisagem observada.
B) Descreva como estão representados os índios na imagem.
C) Descreva como estão representados os europeus na imagem.
D) Atualmente existem índios no território brasileiro?
E) O que significa ser índio hoje?
2 - A partir dos questionamentos acima, apresentamos nos mapas abaixo, a distribuição dos povos indígenas no território brasileiro nos séculos XVI e XXI.
A partir de sua observação, quais as semelhanças e diferenças que os mapas 1 e 2 apresentam?
TEXTO1 - Os indígenas e os impactos da colonização europeia
Só no Brasil, existiam cerca de cinco milhões de indígenas quando os portugueses aqui chegaram. Com a chegada da primeira leva de europeus, logo no primeiro século, a população indígena foi reduzida a quatro milhões, com as doenças e o extermínio. Atualmente, no Brasil, são cerca de 450 mil indígenas distribuídos por todo o território brasileiro. Ou seja, de cinco milhões, no século 16, temos hoje apenas 450 mil pessoas indígenas, conforme a Funai.
3 - De acordo com os mapas apresentados acima e o trecho da reportagem, descreva a situação atual dos povos indígenas.
TEXTO 2 – TRECHOS DA CARTA DE PERO VAS DE CAMINHA
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.
Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena e pena, com uma confeição branda como cera (mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava mui redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar.
O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao pescoço, e aos pés uma alcatifa por estrado. Sancho de Tovar, Simão de Miranda, Nicolau Coelho, Aires Correia, e nós outros que aqui na nau com ele vamos, sentados no chão, pela alcatifa. Acenderam-se tochas. Entraram.
Mas não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no colar do Capitão, e começou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro. Também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal como se lá também houvesse prata.
Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como quem diz que os havia ali. Mostraram-lhes um carneiro: não fizeram caso. Mostraram-lhes uma galinha, quase tiveram medo dela: não lhe queriam pôr a mão; e depois a tomaram como que espantados.
Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel e figos passados. Não quiseram comer quase nada daquilo; e, se alguma coisa provaram, logo a lançaram fora.
Trouxeram-lhes vinho numa taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes a água em uma albarrada. Não beberam. Mal a tomaram na boca, que lavaram, e logo a lançaram fora.
Viu um deles umas contas de rosário, brancas; acenou que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço. Depois tirou-as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e de novo para as contas e para o colar do Capitão, como dizendo que dariam ouro por aquilo.
Isto tomávamos nós assim por assim o desejarmos. Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não o queríamos nós entender, porque não lho havíamos de dar. E depois tornou as contas a quem lhas dera.
A) De que forma Pero Vaz de Caminha descreveu a forma física dos indígenas brasileiros?
B) Como foi o contato dos portugueses com os indígenas brasileiros?
C) O que os indígenas acharam dos portugueses em seu contato inicial segundo a Carta de Pero Vaz de Caminha?
TEXTO 3 - Indígenas contam sua própria história em nova exposição na USP
Do pouco conhecimento sobre culturas indígenas difundido no Brasil, quase nada foi produzido pelos próprios povos retratados. Sua história costuma ser contada por terceiros, o que pode influenciar na propagação de uma visão carregada de preconceitos.
“A sabedoria dos nossos povos ancestrais nos une e nos fortalece” é a frase estampada na placa que indica a área da exposição dedicada aos guarani nhandewa. Está escrita na primeira pessoa, assim como a maioria das inscrições relacionadas aos demais grupos retratados. A frase introdutória, toda a disposição do espaço e os itens expostos foram feitos conforme a preferência deles.
A exposição “Resistência Já! Fortalecimento e União das Culturas Indígenas” teve como proposta atender a três reivindicações dos grupos. Além do direito de falar por si, eles buscam um retorno sobre o que foi feito durante tantos anos com os diversos objetos coletados de seus ancestrais. Por fim, esses povos desejam também falar sobre quem eles são hoje, uma vez que suas histórias costumam ser contadas levando em conta apenas o passado.
Através de um projeto como esse, é possível ressignificar o papel do museu e ressaltar sua importância para os próprios povos indígenas. “Eles precisam dessa ancestralidade para manter suas culturas vivas, fortes e resistentes.
Sobre o texto responda:
A) Qual é a proposta em relação a cultura indígena apresentada na reportagem acima?
B) Em sua opinião de forma podemos contribuir para a valorização da cultura indígena e de seus patrimônios?