01 Jul
  • Retomada


Vimos em atividades passadas sobre as populações que habitaram a América antes da chegada dos portugueses e espanhóis: os povos incas, maias e astecas e as populações indígenas brasileiras; vimos sobre as sua cultura, seus costumes e sua religião. Nos textos passados e nas atividades falamos sobre esses importantes povos no contexto das grandes navegações na qual Portugal e Espanha atingiram o “novo mundo” buscando as Índias, mas aqui na América eles encontraram riquezas tão grandiosas quanto, e o mais importante, os ibéricos encontraram algo ainda melhor, um território imenso a ser explorado, cheio de riquezas a serem conquistadas. Nos textos dessa atividade veremos o como se a conquista espanhola da América.


Texto 1 – Características das conquistas espanholas


Os espanhóis que participaram das expedições de exploração e conquista faziam por vontade própria, portanto, esses empreendimentos consistiam em iniciativas particulares. Ainda assim, essas incursões deveriam receber a autorização da Coroa Espanhola na Casa de Contratação.

O desejo de enriquecimento era o que motivava a participação nesses empreendimentos de conquista. Os chefes das expedições eram, em geral, membros da baixa nobreza espanhola e as tropas eram formadas por soldados e camponeses pobres que procuravam melhores condições de vida.

Em números imprecisos, estima-se que por volta de 100 mil espanhóis tenham cruzado o Atlântico em direção ao Novo Mundo e lá foram responsáveis pela conquista de milhões de nativos. A explicação para que um número tão pequeno de espanhóis conquistasse uma quantidade tão grande de nativos estava na superioridade de suas armas. Os espanhóis possuíam armas de fogo, lanças, espadas de metal e, principalmente, a besta, que davam vantagem para superar os grandes números de nativos em combates. Além disso, séculos de guerra e combate contra os muçulmanos na Península Ibérica deram aos espanhóis um grande conhecimento tático em guerras.

A vitória espanhola também pode ser explicada pela questão biológica, pois o contato dos nativos com os espanhóis era, por vezes, mortal por causa de uma série de doenças que não existiam na América e que atingiram de maneira fulminante os indígenas, matando vários deles rapidamente.

O medo também era um outro fator a ser levado em consideração, uma vez que muitos indígenas tinham completo pavor de cavalos, animais que não existiam na América até aquele momento, e pensavam que os espanhóis eram a encarnação de deuses, como no caso dos astecas, os quais acreditavam que os conquistadores liderados por Hernán Cortés eram mensageiros de Quetzacoatl, uma das principais divindades astecas.



Texto 2 – A conquista dos incas


Quando os espanhóis chegaram às regiões incas durante o século XVI, encontraram o Império dividido por causa de uma guerra civil travada entre os dois filhos do último imperador, chamado Huayna Capac. Os filhos de Capac, Atahualpa e Huáscar, disputavam a sucessão do trono do Império Inca.

Atahualpa possuía grande influência entre os três generais do império, Chalcuchima, Quisquis e Rumiñahui, e sobre o norte do domínio inca, principalmente sobre Quito. Já Huáscar controlava a capital Cuzco e tinha grande influência sobre as terras ao sul. A disputa entre ambos levou Huáscar a atacar Atahualpa em Quito. No entanto, Huáscar foi derrotado e foi feito prisioneiro pelas tropas de seu irmão.


Chegada de Francisco Pizarro


A expedição de Pizarro chegou às terras incas exatamente no momento de maior fragilidade do domínio inca, pois a guerra civil entre Huáscar e Atahualpa havia enfraquecido o império. Essa expedição havia partido de uma região chamada Castilla del Oro (atual Panamá), no começo de 1531, com o objetivo de alcançar o território inca.


Francisco Pizarro era um plebeu espanhol que havia chegado à América em 1513. Ele recebeu da Coroa Espanhola domínios na região de Castilla del Oro, onde lidava com as ameaças dos indígenas caraíbas. Em 1527, Pizarro partiu em uma expedição que explorou a costa equatoriana. Nessa expedição, ele ouviu notícias sobre um grandioso e rico império em uma região chamada “Biru”.

A expedição de conquista dos incas liderada por Pizarro somente partiu, de fato, em 1531, após receber a autorização real para efetuá-la. Pizarro, então, partiu do Panamá com “três navios, 200 homens, 27 cavalos”. Assim que chegou às regiões do Império Inca, ele soube por meio de seus intérpretes do conflito travado entre Huáscar e Atahualpa.

Em seguida, Pizarro partiu ao encontro de Atahualpa, vencedor da guerra civil inca. Atahualpa e suas tropas estavam instalados em uma região chamada Cajamarca, de onde partiriam em direção à Cuzco. Os espanhóis foram recepcionados pelo líder inca pacificamente, no entanto, os relatos contam que um desentendimento surgiu e, depois disso, seguiu-se um grande massacre promovido pelos espanhóis.

O desentendimento entre os espanhóis e os incas aconteceu após esses indígenas recusarem a conversão ao catolicismo. Durante os combates, Atahualpa foi feito prisioneiro e, para evitar que Huáscar fizesse aliança com os espanhóis, enviou ordens secretas para matá-lo. Para garantir sua liberdade, Atahualpa prometeu uma sala cheia de ouro aos espanhóis.

O líder inca cumpriu sua promessa e entregou a seus inimigos da Espanha uma grande quantidade de metais preciosos. Os espanhóis, no entanto, não libertaram Atahualpa e, pouco depois, executaram-no por ordens de Francisco Pizarro. Com a sua morte, o Império Inca enfraqueceu-se consideravelmente.

Por fim, os espanhóis designaram como imperador um indígena aliado, Manco Capac. Em seguida, eles conquistaram as duas grandes cidades incas: Cuzco e Quito. Para facilitar o contato com o Panamá, Pizarro fundou a cidade de Lima. Ele permaneceu na região até ser assassinado em 1541.


Texto 3 – A derrota dos Astecas


Após a descoberta da América por Colombo, em 1492, muitos navegantes e aventureiros contratados e auxiliados pela coroa espanhola interessaram-se e lançaram-se às águas do Atlântico com o objetivo de melhor explorar as terras do novo mundo. Um desses navegadores foi Hernan Cortez, responsável pela conquista do Império Asteca e a consequente derrota asteca.


Cortez aportou nos domínios dos astecas, então governados por Montezuma, em 1519, com 508 soldados, alguns cavalos, canhões e armas. O processo de conquista do império asteca durou até 1521. Entretanto, antes que houvesse o conflito direto entre europeus e nativos, Cortez traçou estratégia ardilosa para conseguir o domínio. Um dos presentes que os espanhóis receberam dos astecas logo quando chegaram foi uma jovem chamada Malinche, que possuía um pleno domínio dos idiomas locais. Essa moça foi de fundamental importância para os espanhóis conhecerem melhor as riquezas descobertas pelos astecas, sobretudo os metais preciosos (ouro e prata).

Além disso, coincidia com isso o fato de os astecas pensaram que os espanhóis eram enviados dos deuses, representantes de Quetzalcoatl. O calendário asteca, inclusive, apontava para ciclos temporais que anunciavam o fim do mundo e o início de outro. O ano de 1519 coincidia com o ano do calendário que fechava esse ciclo. Talvez essa crença asteca no envio dos herdeiros de Quetzalcoatl tenha feito com que seu líder, Montezuma, recusasse resistir à ofensiva espanhola.

Uma epidemia de varíola foi uma arma inesperada para ajudar aos espanhóis e a derrota foi aceita com fatalismo pelo imperador Montezuma, já que imaginaram que com a chegada dos espanhóis se cumpria o mito de Quetzalcóatl, que tinha prometido voltar do Oriente.


ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO


1 – Quais os motivos principais que explicam a fácil derrota dos povos ameríndios (indígenas da américa) para os espanhóis?


2 – Você diria que as batalhas travadas entre os povos nativos americanos e os espanhóis foram justas? Justifique a sua resposta.


3 – De que forma a religiosidade dos povos nativos foram prejudiciais para eles mesmos durante o processo de conquista de seus territórios?


4 – Quais eram os interesses dos exploradores espanhóis no continente americano? Destaque nos textos 2 e 3 trechos que comprovam a sua afirmação.


5 – De que forma os desentendimentos entre os Incas favoreceram a conquista de Francisco Pizarro?


6 – Qual a estratégia utilizada por Hernan Cortez para conquistar o Império Asteca? Qual outra vantagem ele teve para conquistar esse importante império?


  • Conclusão


Com o passar do tempo as populações indígenas que habitavam a América foram desaparecendo, seja por meio da conquista dos espanhóis ou por meio de doenças que eram difundidas pelos europeus. Além disso os espanhóis iniciaram o processo de colonização das regiões conquistadas, que consistia em ocupar e dominar o “novo mundo”. Os poucos indígenas que não foram abatidos com a conquista espanhola foram escravizados em algumas regiões, em outras foram integrados aos espanhóis. Aos poucos os espanhóis foram chegando e ocupando a América, construindo estradas, vilas, minas de exploração de metais preciosos, cidades etc. Esse processo longo fez surgir na américa uma nova população e novas colônias, destinadas serem exploradas pela Espanha.






REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E SITES


www.infoescola.com.br

www.brasilescola.uol.com.br

www.históriadomundo.com.br

Projeto Araribá: História/organizadora Editora Moderna; Maria Raquel Apolinário. – 3. Ed. – São Paulo: Moderna, 2010

Cotrim, Gilberto. Historiar, 6º,7º e 8º ano: ensino fundamental, anos finais/Gilberto Cotrim, Jaime Rodrigues. 3º ed. São Paulo: Saraiva, 2008

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