23 Sep

Esta atividade é uma continuação do conteúdo relativo ao segundo reinado e tem por objetivo identificar aspectos da economia do Brasil no segundo reinado através de leitura de textos, leitura de mapa e pesquisas sobre o estudo. Esta atividade se faz relevante devido ao fato de que os aspectos econômicos se relacionam diretamente com a formação histórica, social e geográfica do nosso país.


TEXTO I – ECONOMIA DO SEGUNDO REINADO


A independência em 1822 trouxe mais transformações políticas do que sociais e econômicas para o Brasil. A economia permaneceu durante o período imperial como agroexportadora, ou seja, atendendo às necessidades do mercado europeu. Em meados do século XIX, um produto começou a ser exportado de forma mais intensa: o café.

Plantado primeiramente na região do Vale do Paraíba (entre as províncias de São Paulo e Rio de Janeiro), a exportação do café ocupou espaço na economia brasileira do Segundo Reinado, gerando lucros para os cafeicultores. A mão de obra utilizada era a escrava. Com o êxito das lavouras de café, aumentou a movimentação de escravos da região Nordeste e das minas de ouro para a região do Vale do Paraíba.

A partir de 1850, o café expandiu-se para a região do Oeste Paulista, tornando-se o maior produtor de café do Império. Ao contrário das lavouras do Vale do Paraíba, o café plantado no Oeste Paulista contou com a mão de obra imigrante.

Inúmeros europeus vieram para o Brasil em busca de melhores condições de vida e estabeleceram-se em São Paulo. Esses imigrantes fugiam dos conflitos sociais e guerras relativos à unificação alemã e italiana. Essa mão de obra tinha mais qualificação do que a escrava e isso foi fundamental para o êxito da produção cafeeira da região. A partir desse momento, a província de São Paulo passou a se destacar no cenário do Segundo Império.

O café, ao longo do século XIX, tornou-se a principal atividade econômica do Brasil, mas não era a única. Mesmo em menor número, ainda havia a produção de açúcar, exploração do ouro e outras atividades econômicas secundárias.

Além disso, havia projetos de investimento em outros ramos econômicos, como a indústria. Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, procurou meios para desenvolver a indústria no Brasil, mas não conseguiu superar o domínio do café. Mauá foi pioneiro na indústria e também na construção de ferrovias, que foram utilizadas no transporte do café até o Porto de Santos, onde o produto era exportado para a Europa.


https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/segundo-reinado.htm


ATIVIDADES


1 – Quais as mudanças que a economia do café trouxe para a população do Brasil?


2 – Podemos dizer que a mão de obra imigrante era melhor que a escrava? Justifique a sua resposta.


3 – Observe o mapa abaixo:



Responda:


a) Quais as outras atividades agrícolas desenvolvidas no Brasil durante o segundo reinado além do café?


b) Qual a prática econômica que vemos mais espalhada por todo o Brasil?


c) Em que região estava concentrado a produção de café brasileira?


d) Existe alguma relação entre a produção econômica brasileira dessa época e o como se encontra a distribuição populacional brasileira nos dias de hoje?


e) Quais os tipos agrícolas produzidos no nordeste brasileiro?


4 – Observe o mapa abaixo:






a) Qual é a relação existente entre os dois mapas

b) Qual a relação entre o café e o crescimento do estado de São Paulo?

c) Após observar o terceiro mapa que mostra o estado de São Paulo no século XVIII e compara-lo com o primeiro mapa, respondo: você diria que o café foi importante para o estado de São Paulo? Justifique a sua resposta.


PESQUISA SOBRE O BARÃO DE MAUÁ


- Quem foi o Barão de Mauá?

- Quais as principais realizações de Barão de Mauá para o Brasil?

- Quais os seus principais empreendimentos?

- Qual o seu papel na indústria brasileira?


TEXTO III – A LEI DE TERRAS DE 1852


            Durante o século XIX, a economia mundial passou por uma série de transformações pela qual a economia mundialmente conduzida pelo comércio passou a ceder espaço para o capitalismo industrial. As grandes potências econômicas da época buscavam atingir seus interesses econômicos pressionando as demais nações para que se adequassem aos novos contornos tomados pela economia mundial. Para exemplificar tal situação podemos destacar o interesse inglês em torno do fim do tráfico negreiro.


Com relação ao uso da terra, essas transformações incidiram diretamente nas tradições que antes vinculavam a posse de terras enquanto símbolo de distinção social. O avanço da economia capitalista tinha um caráter cada vez mais mercantil, onde a terra deveria ter um uso integrado à economia, tendo seu potencial produtivo explorado ao máximo. Em consequência dessa nova prática econômica, percebemos que diversas nações discutiram juridicamente as funções e os direitos sobre esse bem.

No Brasil, os sesmeiros e posseiros realizavam a apropriação de terras aproveitando de brechas legais que não definiam bem o critério de posse das terras. Depois da independência, alguns projetos de lei tentaram regulamentar essa questão dando critérios mais claros sobre a questão. No entanto, somente em 1850, a chamada Lei 601 ou Lei de Terras, de 1850, apresentou novos critérios com relação aos direitos e deveres dos proprietários de terra.

Essa nova lei surgiu em um “momento oportuno”, quando o tráfico negreiro passou a ser proibido em terras brasileiras. A atividade, que representava uma grande fonte de riqueza, teria de ser substituída por uma economia onde o potencial produtivo agrícola deveria ser mais bem explorado. Ao mesmo tempo, ela também responde ao projeto de incentivo à imigração que deveria ser financiado com a dinamização da economia agrícola e regularizaria o acesso à terra frente aos novos campesinos assalariados.

Dessa maneira, ex-escravos e estrangeiros teriam que enfrentar enormes restrições para possivelmente galgarem a condição de pequeno e médio proprietário. Com essa nova lei, nenhuma nova sesmaria poderia ser concedida a um proprietário de terras ou seria reconhecida a ocupação por meio da ocupação das terras. As chamadas “terras devolutas”, que não tinham dono e não estavam sob os cuidados do Estado, poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo.

A partir de então, uma série de documentos forjados começaram a aparecer para garantir e ampliar a posse de terras daqueles que há muito já a possuíam. Aquele que se interessasse em, algum dia, desfrutar da condição de fazendeiro deveria dispor de grandes quantias para obter um terreno. Dessa maneira, a Lei de Terras transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo em que garantiu a posse da mesma aos antigos latifundiários.


Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/lei-terras-1850.htm


ATIVIDADES


1 – A lei de terras de 1850 foi benéfica para quais grupos sociais? Justifique a sua resposta.


2 – Qual a relação entre a lei de terras e os ex-escravos e imigrantes?


3 – Qual foi a consequência da lei de terras de 1850?

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